Primeiro dia de internato complementar... Primeiro a alegria de estar a entrar num dos edifícios mais conhecido pela população portuguesa: o autêntico centro de saúde da série do médico de família!! Yeahh!! :) (Gente gira é assim, o que é que se há de fazer!)
Logo depois tudo se derruba... Ao longo de um dia compridíssimo, que mais parecia a história interminável ( faltando só o Falkor , o dragão para animar aquilo) fui brindada com pérolas lançadas pelos tutores do internato, que fui apontando num papelinho para o caso de me esquecer. Escusado será dizer que escondi o papelinho a sete chaves, porque se fosse apanhado pelo director do internato, estava já a ver-se quem é que era recambiada para o 1º ano de Medicina num instante! Por isso, partilho só com vocês, vejam lá, não se chibem senão estou bem lixada!
- Vocês têm de perceber os diferentes "papeles" que os internos têm de assumir. (Hum?! Desculpe??)
- Estamos em Portugal! Logo à partida os seus direitos são inexistentes, colega! (Ah... Ainda bem que avisas... Ainda corria o risco de pensar que isto era uma democracia!)
- Mesmo em países com laivos de atitudes mentecaptas como o nosso (Finalmente, alguém que seria ideal para debater horas e horas com o Dr. Câmara!)
- Saibam desde já, que não vão estar no país ideal para realizar este internato ( Mas quando eu liguei para as Maldivas, eles disseram que estavam já cheios de internos...)
- Não há realidades perfeitas e é isso que devem ter em mente quando forem assinar o contrato 2ª Feira e ninguém souber sequer que vocês existem ( Peço desculpa mas, na minha mente vai estar exactamente "Oh sua incompetente de um raio! Mas realmente, porque é que você trabalha numa secção de pessoal, se nem sequer sabe quem é o pessoal que lhe corresponde?!")
- Se vos disserem que não têm a lista com as vossas colocações é porque mentem, se voltarem a repetir que não as têm, podem contratar alguém para os agredir (Este homem tinha todo o aspecto de ser da Linha mas definitivamente SÓ PODE ser de Setúbal...)
- Os meninos aqui são tratados como recém-nascidos... Têm fraldas, babygrows... (Ainda há bocado não tinhamos direitos, agora já somos recém nascidos. Vamos lá ver se te decides!)
- E como eu penso que ambicionam todos a ser clínicos escorreitos... (Foi nesta altura que a gaja que estava ao meu lado olha para mim, para perceber se aquilo era uma ofensa ou não!)
Podia continuar aqui toda a tarde, mas infelizmente, tenho mais que fazer e sinceramente, por volta das 11h30 da manhã deixei de apontar porque aquilo era demais para uma pessoa assimilar! O meu único pensamento positivo até abandonar aquela interminável reunião foi: "Ao menos vim comer às Twin Towers e não levei com um avião nas trombas!"
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